A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma) promoveu nos dias 07 e 08 de dezembro a última Oficina Pedagógica online Saúde e Meio Ambiente na Escola do ano. “Projeto de ciências: mosquitos, mosquiteiros e mosquitéricas” foi tema do encontro que marca o encerramento de uma sequência de 11 atividades realizadas quinzenalmente desde o mês de junho, voltadas aos temas transversais saúde e meio ambiente e direcionadas a professores (as) da educação básica.
Diante do isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19, o formato online foi a maneira encontrada pela equipe da Obsma para permanecer atuando como um importante canal de diálogo e troca de experiências com educadores de norte a sul do país. Segundo a Coordenadora Nacional da Obsma, Cristina Araripe, o projeto foi uma grande surpresa para toda a equipe.
“Quando idealizamos as Oficinas Pedagógicas em formato remoto, não imaginávamos o alcance e a proporção que os encontros tomariam. Estamos muito felizes com todos que nos acompanharam durante esses seis meses e já estamos iniciando os preparativos para 2021. Preparem-se, pois tem muita coisa boa vindo por aí!”, comenta.
11ª Oficina
Arlindo Serpa Filho, professor da Faculdade Maria Tereza (FAMA) e do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ), abriu o primeiro dia de bate-papo com a temática “Mosquitos! O que nós temos a ver com isso?” abordando sobre o papel desses insetos para o ecossistema e o comportamento do homem dentro desse ambiente. Na ocasião, discutiu-se pontos importantes da Agenda 2030, com destaque aos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) adotados pela ONU.
O palestrante deu uma verdadeira aula sobre o processo evolutivo dos insetos, apresentando um histórico do surgimento e das características físicas e adaptativas desses animais. Além disso, Arlindo discorreu particularmente a respeito dos mosquitos, demonstrando seus diferentes nomes e exemplificando algumas espécies que são vetores de doenças e colocam em risco a saúde da população, como: Aedes aegypti, Culex e Malária-Anopheles. E pontua: “professores e alunos, entendam que o papel da educação é primordial para que a gente possa compreender essa relação entre os mosquitos, a doença e o homem”.
Segundo Arlindo, todas as informações trazidas durante a oficina podem ser trabalhadas dentro das três modalidades da Obsma: projeto de ciências, produção audiovisual e produção de textos. “Precisamos começar a pensar cada vez mais e a discutir cada vez mais sobre a gestão da biodiversidade. A própria divulgação científica e a educação ambiental são importantes atores nesse processo”, afirma.
Para fechar o ciclo de oficinas com o sentimento de missão cumprida, foram convidadas as biólogas e doutorandas da ENSP/FIOCRUZ e do PPGBBS/Instituto Aggeu Magalhães, respectivamente, Ana Carolina de Souza Araújo e Danielle Cristina Varjal. “Mosquitos: os insetos com milhares de anos na Terra” foi o tema escolhido por elas para o segundo dia de atividades, trazendo aos professores informações pertinentes sobre ciclo de vida, alimentação dos mosquitos, ciclo de transmissão e controle vetorial no Brasil.
Danielle destacou a importância das ferramentas de controle e vigilância de mosquitos, apresentando algumas das mais utilizadas para essa finalidade. Tratamento de criadouros, coleta de ovos de mosquitos, larvitrampas, uso de iscas tóxicas açucaradas e aspiradores de mosquitos foram alguns dos instrumentos mencionados. “Existem diferentes armadilhas, com diferentes propostas, para cada alvo que a pessoa quer obter” conclui.
De acordo com as palestrantes, é possível aplicar esses conteúdos tanto para a área ambiental, quanto para a área da saúde pública, em sala de aula. Com a finalidade de mostrar esses conceitos na prática, os participantes foram convidados pelas doutorandas a confeccionar, em tempo real e de forma remota, uma armadilha mosquitérica com materiais recicláveis.
“Através da confecção da mosquitérica, a oficina pedagógica visa apresentar aos participantes a ecologia, biologia e principais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, com foco na conscientização da importância da preservação e combate aos criadouros” afirma Ana Carolina. Por meio da dinâmica, os professores (as) puderam colocar a “mão na massa” e desenvolver uma ferramenta de caráter educacional, simples e barata.
Clique aqui para rever o passo a passo da construção da mosquitérica. Além disso, é possível assistir novamente as 11 edições das Oficinas Pedagógicas online, que estão disponíveis no Facebook/Obsma.
10ª edição e Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã
No próximo domingo (13/12), se encerra o prazo para as inscrições da 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma), que devem ser realizadas pelo site oficial: www.olimpiada.fiocruz.br. Diante do atual cenário de pandemia da Covid-19 e greve dos Correios, os trabalhos também poderão ser desenvolvidos de forma totalmente remota e enviados através do seguinte endereço de e-mail: trabalhosobsma@gmail.com. Importante indicar, no corpo do e-mail, o nome completo, o título do projeto e não esquecer de anexar o arquivo.
Neste ano, a Olimpíada também oferece o Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã, no qual selecionará um trabalho ou projeto inscrito, desenvolvido exclusivamente por alunas e professoras do gênero feminino. Confira o regulamento completo.
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Por Samantha Mahara Martynowicz