Nos dias 26 e 27 de outubro, foi promovida pela Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma) a 8ª Oficina Pedagógica online Saúde e Meio Ambiente na Escola. “Educação Ambiental” foi tema do encontro, transmitido ao vivo a professores da educação básica de todo o país, através do Facebook/Obsma e plataforma Zoom.
Mais de 170 participantes acompanharam o evento, no qual discutiu-se a importância da educação ambiental como um projeto transdisciplinar no âmbito escolar. Páulea Zaquini, Professora-pesquisadora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio da Fiocruz, foi convidada a participar do primeiro dia de Oficina e abordou “Educação Ambiental e coletividade nas escolas: práticas inter e transdisciplinares – protegendo e promovendo a vida”.
Na ocasião, a professora discutiu amplamente a respeito da institucionalização da Educação Ambiental no Brasil e das ações prioritárias retratadas na Agenda 21 Brasileira. “Ela é um dos instrumentos que podemos utilizar dentro da escola, mas também podemos trabalhar com vários outros e pensarmos de várias formas a Educação Ambiental. Na sua parceria com o desenvolvimento regional e estadual, por exemplo, pensando o plano diretor municipal e o zoneamento ecológico econômico” comenta.
Páulea também trouxe algumas de suas experiências dentro da escola em que leciona, demonstrando como o projeto pedagógico e a definição de currículo são trabalhados em cima de três componentes curriculares integradores: Atividades Diversas (AD), Trabalho de Integração (TI) e o Projeto Trabalho Ciência e Cultura (PTCC).
Viver e adoecer na região metropolitana do Rio de Janeiro foi um dos trabalhos de integração desenvolvidos com estudantes do 2º ano do Curso Técnico de Nível Médio em Saúde Integrado à Educação Básica, em parceria com Danielle Cerri. “Ele foi muito importante, pois pudemos trabalhar nesse programa: as questões geográficas, de pesquisa sócio-ambiental, cultural e de morbimortalidade na cidade, e que se desdobrou, no meu caso, em uma orientação de monografia”, conclui a Páulea.
O segundo dia de Oficina foi marcado pela fala de outra grande referência da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, a professora-pesquisadora Danielle Cerri. A palestrante deu início à sua apresentação demonstrando alguns dos documentos que orientam a Educação Ambiental nas escolas, enfatizando a importância da transversalidade com os currículos da educação básica e superior, por meio da interdisciplinaridade.
A professora também compartilhou algumas de suas experiências em Educação Ambiental crítica dentro da escola politécnica, como o Projeto Brotinho. Segundo Danielle, o trabalho foi realizado em uma perspectiva transdisciplinar, a partir da temática ambiental, fazendo parte da Feira de Ciências da EPSJV e da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia de 2019. ”Os assuntos abordados foram agricultura urbana agroecológica, compostagem doméstica e horta urbana com aproveitamento de resíduos como garrafas pet, pallet, e galão da água”, comenta.
Para finalizar a apresentação, Danielle contou como estão sendo realizados os trabalhos pedagógicos nesse período de pandemia e demonstrou o seu desejo para que as coisas voltem ao normal: “tudo o que a gente quer agora é voltar a se reunir, voltar para a nossa horta e voltar a estar com nossos estudantes”, afirma.
Assim como nas demais edições, na 8ª Oficina também houve um momento de bate-papo entre os palestrantes e professores, em que tiveram a oportunidade de realizar perguntas e comentários sobre o tema em questão.
As Oficinas Pedagógicas online da Obsma Saúde e Meio Ambiente na Escola estão ocorrendo quinzenalmente desde o mês de junho e foram pensadas com o propósito de discutir transversalmente as temáticas envolvendo educação, saúde e meio ambiente.
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Fique atento, pois a 9ª Oficina já tem data marcada e acontecerá nos dias 09 e 10 de novembro. Clique aqui e inscreva-se agora mesmo!
10ª edição e Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã
As inscrições para a 10ª edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma) estão abertas até o dia 13 de dezembro e devem ser realizadas pelo site oficial: www.olimpiada.fiocruz.br. Diante do atual cenário de pandemia da Covid-19 e greve dos Correios, os trabalhos também poderão ser desenvolvidos de forma totalmente remota e envidos através do seguinte endereço de e-mail: trabalhosobsma@gmail.com. Importante indicar, no corpo do e-mail, o nome completo, o título do projeto e não esquecer de anexar o arquivo.
Neste ano, a Olimpíada também oferece o Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã, no qual selecionará um trabalho ou projeto inscrito, desenvolvido exclusivamente por alunas e professoras do gênero feminino. Confira o regulamento completo.
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Por Samantha Mahara Martynowicz