Você já pensou em ser cientista? Um dos jeitos de começar a trilhar esse caminho pode ser concorrendo ao Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã. Oferecido pela Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma), o prêmio vai selecionar um trabalho ou projeto inscrito na Olimpíada que tenha sido desenvolvido por alunas e professoras do gênero feminino.

Comprometida com a promoção da igualdade de gênero na ciência, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) está em consonância com as diretrizes da ONU, particularmente da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. Com o prêmio, a Obsma afirma seu compromisso com o incentivo de carreiras científicas para meninas e jovens mulheres nas áreas de ciência e tecnologia. Queremos mais mulheres cientistas!

Grandes cientistas da história e suas trajetórias profissionais serão homenageadas em cada uma das edições do Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã. Nessa edição, a escolhida é Bertha Lutz.

Para concorrer ao prêmio, basta se inscrever normalmente na Olimpíada e escolher a opção de participar do prêmio no formulário de inscrições. O trabalho pode atender a qualquer uma das modalidades. Mas lembre-se: você deve ser uma menina e… gostar muito de ciência!

QUEM FOI BERTHA LUTZ?

Naturalista, política e defensora dos direitos das mulheres: Bertha Maria Júlia Lutz foi tudo isso e mais

Bertha Maria Júlia Lutz foi considerada – e ainda é, até hoje – uma das cientistas brasileiras mais brilhantes da história. Nascida em São Paulo em 1894, a filha do zoólogo Adolfo Lutz sempre demonstrou amar os animais e as plantas. Estudou ciências naturais na França e, aos 24 anos, decidiu voltar para o Brasil. Foi trabalhar no Museu Nacional: lá, descobriu um interesse particular por anfíbios. Lançou um livro sobre o tema que é usado até hoje como referência. Genial, não é?

Mas não pára por aí. Além de se tornar uma pesquisadora respeitada pelo seu trabalho, Bertha fez ainda mais pelas mulheres: foi uma das pioneiras do movimento feminista brasileiro. Defendeu pautas como os direitos trabalhistas da mulher, a igualdade salarial e o acesso ao voto. Imagina falar sobre isso no século 20, em espaços dominados por homens! Bertha ocupou cargos de altíssimo prestígio como secretária no serviço público federal, foi parlamentar e recebeu honrarias importantes, entre elas, o título de professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Também representou o país em eventos internacionais. Ufa, que trajetória.

A Fiocruz teve a honra de ser um dos lugares pelos quais a cientista passou enquanto trilhava a sua carreira. Já que falava várias línguas, Bertha trabalhou como tradutora no setor de zoologia do Instituto Oswaldo Cruz. Além disso, foi peça-chave na construção do Museu Oswaldo Cruz, criado em 1917.

Por esses e tantos outros motivos, Bertha Lutz foi a escolhida para ser a primeira homenageada do Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã. Afinal, é inspiração de sobra!