Depois de uma programação intensa entre inesquecíveis visitas técnicas realizadas na cidade do Rio de Janeiro, o grande dia chegou! A cerimônia de premiação da 11ª edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma) da Fundação Oswaldo Cruz foi realizada no dia 08 de dezembro, com auditório lotado e falas que inspiraram a todos. Uma tarde marcada pela emoção de seu início ao seu fim, com a premiação dos destaques regionais e o anúncio dos destaques nacionais.
O Dia Mundial do Meio Ambiente (5/6) foi a data escolhida para o
lançamento da 12ª
Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma) da
Fiocruz. O evento será realizado, às 10h, no auditório do Instituto de
Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz), e receberá alunos e
professores de escolas participantes e premiadas na Obsma. O lançamento é
aberto ao público, que também poderá acompanhar pelo canal
da VideoSaúde no YouTube.
A Olimpíada é voltada para a participação de alunos e
professores da educação básica, do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do
Ensino Médio de escolas públicas ou privadas, por meio da inscrição de
trabalhos relacionados à saúde, ao meio ambiente e suas interfaces com a
educação e a ciência e tecnologia. Com o objetivo de aproximar a escola e a
realidade concreta dos alunos, a Obsma premia projetos realizados em cooperação
na escola e/ou com a participação da comunidade escolar.
Para o lançamento, a Olimpíada escolheu convidados especiais,
que trazem no currículo vivências relacionadas à preservação da Amazônia: Ennio
Candotti, diretor do Museu da Amazônia (MUSA) e ex-presidente da Sociedade
Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por quatro mandatos; Muriel
Saragoussi, ex-Secretária de Políticas para a Amazônia do Ministério do Meio
Ambiente e atual assessora da Fiocruz Amazônia; Aline Matulja, engenheira
ambiental, apresentadora do podcast Casa
Floresta do Instituto SocioAmbiental (ISA) e do programa de
TV Menos é Demais (Discovery Home & Health
Brasil), e Braulina Baniwa, liderança indígena, formada em
Antropologia, que atua na Articulação Brasileira de Indígenas Antropóloges
(Abia) e na Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade
(ANMIGA).
Oficina de grafite e visita ao Complexo Tecnológico de Vacinas
Na parte da tarde, às 14h, os estudantes poderão participar de
uma Oficina de grafite com a artista Renata Mattos. O espaço escolhido para a
atividade é um muro da Fiocruz, que será transformado em um grande painel numa
das vias mais movimentadas e importantes da cidade, a Avenida Brasil (no Rio de
Janeiro). Os alunos também terão a oportunidade de visitar o Complexo
Tecnológico de Vacinas (CTV) de Bio-Manguinhos/Fiocruz, um dos maiores centros
de produção da América Latina, que garante a autossuficiência em vacinas
essenciais para o calendário básico de imunização do Ministério da Saúde (MS).
A ocasião marca o início das ações previstas para todo o
território nacional, desenvolvidas pelas seis Coordenações Regionais sediadas,
respectivamente, nas unidades da Fiocruz na Amazônia, na Bahia, em Minas
Gerais, em Pernambuco, em Brasília e no Rio de Janeiro. Dividida em duas
etapas, a Olimpíada organiza-se em seis regiões olímpicas nacionais:
Centro-Oeste, Minas-Sul, Nordeste I, Nordeste II, Norte e Sudeste. Desta
maneira, realiza-se uma primeira etapa de avaliações regionais dos trabalhos
inscritos, de acordo com as áreas geográficas em que se encontram localizadas
as escolas participantes.
Na segunda etapa, os trabalhos são avaliados e premiados. Ao
todo, 36 trabalhos são reconhecidos como destaques nacionais a cada nova
edição, garantindo-se a lógica da representação regional e por estados da
federação. Os vencedores nacionais são escolhidos por uma comissão avaliadora
nacional, composta por cientistas e personalidades das áreas da cultura, arte,
da comunicação e informação. As equipes de trabalho ligadas à Obsma atuam junto
a programas educativos da Fiocruz em parceria com diversos ministérios e
secretarias de educação de todo o país.
A participação dos estudantes ocorre por meio da inscrição de
trabalhos em três modalidades: Produção de Textos, Produção Audiovisual e
Projeto de Ciências e em duas categorias: Ensino Fundamental e Ensino Médio,
incluindo a Educação de Jovens e Adultos. A inscrição é realizada por
professores e coordenações pedagógicas que acompanham o desenvolvimento dos
trabalhos nas escolas (sala de aula e/ou ambiente escolar).
A edição de 2023 tem uma série de atividades nacionais previstas
para serem realizadas ao longo do ano, como Oficinas Pedagógicas, que buscam
contribuir para capacitação, atualização e aperfeiçoamento de professores em
torno dos temas saúde, ambiente, educação, ciência e tecnologia; Oficinas
Alunos em Ação, atividades educativas e de divulgação científica para
estudantes da educação básica com acentuado interesse em seguir carreiras
científicas; Mostra Itinerante Saúde e Meio Ambiente na Escola, com trabalhos
selecionados como Destaque na 11ª edição da Obsma, e Curso Formação Inicial em
Educação para o Desenvolvimento Sustentável, voltado para capacitação de
professores na introdução em seus alunos aos conhecimentos, habilidades e
atitudes para promoção do desenvolvimento sustentável.
Com o apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, do
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e de um
conjunto de instituições de ensino e pesquisa em C&T, a Obsma vem se
fortalecendo como um programa educacional, de abrangência nacional, com o foco
em três grandes objetivos: contribuir para a melhoria da qualidade da educação
básica no país, incentivar escolas a desenvolverem projetos e/ou práticas de
promoção da saúde e fortalecer as estratégias voltadas para o desenvolvimento
sustentável e ambientalmente equilibrado, em todos as esferas locais, regionais
e global.
Ao longo dos seus 22 anos de existência, a Obsma destaca-se como um programa de
educação e divulgação científica de amplo impacto nas escolas que promovem e valorizam
as ações e os projetos voltados para as relações multidimensionais e
multifacetárias entre saúde e meio ambiente, na perspectiva da
sustentabilidade, da educação para a cidadania, entre outros impactos
importantes no ambiente escolar.