Equipes olímpicas da Fiocruz se reúnem no Rio de Janeiro para definir estratégias de mobilização de professores e alunos na reta final para inscrições à 12ª OBSMA
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA), da Fiocruz, reuniu as equipes das coordenações Nacional e Regionais, durante três dias (3, 4 e 5/04), no Rio de Janeiro, para definir as estratégias de divulgação e mobilização de professores e alunos para participação na 12ª edição da OBSMA, cujo prazo para inscrições encerra-se no próximo mês de junho. Com a finalidade de fomentar o envolvimento de professores e alunos das seis coordenações regionais do programa, distribuídas no País, as equipes estiveram reunidas em Manguinhos, na sede da Fiocruz, para definir também detalhes da premiação e escolha dos avaliadores de cada unidade da Fiocruz, finalizando o planejamento das ações para 2024 e aproveitando também para fazer um balanço das ações realizadas em 2023. O prazo para as inscrições dos trabalhos encerra-se no dia 30/06.
A coordenadora nacional de Divulgação Científica da Fiocruz, Cristina Araripe, que também é coordenadora de OBSMA, alerta para a proximidade do encerramento do prazo e a necessidade de mobilização das escolas. “As inscrições foram iniciadas em agosto do ano passado e estarão abertas até 30 de junho, sendo de fundamental importância que, nessa reta final, as equipes regionais mobilizem escolas, professores e estudantes, para que tenhamos muitos trabalhos concorrendo aos prêmios de destaque nacional e regionais nesta 12ª edição”, explica Araripe, lembrando que, desde 2002, a Fiocruz reúne, uma vez por ano, todas as coordenações para definição de prioridades e estratégias de divulgação do certame.
Como estratégias de divulgação, o programa disponibiliza a realização de Oficinas Pedagógicas de Saúde e Meio Ambiente, o Projeto Alunos em Ação e a Mostra Itinerante, ferramentas que permitem diversas possibilidades de interação entre as coordenações regionais da OBSMA e as escolas. “Por ser uma iniciativa de natureza multidisciplinar, assim como são as áreas de Saúde e o Meio Ambiente, a Olimpíada da Fiocruz permite a associação desses temas e diversas possibilidades de interação dos professores de várias áreas, o que faz com que tenhamos uma gama de trabalhos e uma atratividade muito boa. Só que, às vezes, é preciso que o professor e o aluno saibam que o trabalho que estão fazendo no dia a dia das escolas e nas suas disciplinas, ou feitos em parceria entre disciplinas diferentes, podem ser inscritos e concorrerem”, afirma o coordenador da Regional Nordeste II, Antonio Brotas.
Cristina Araripe ressalta que a reunião presencial deste ano trouxe, além dos coordenadores, os assistentes de gestão para que pudessem discutir sobre como atender as expectativas dos professores e das escola. “A intenção é intensificar a divulgação sobre o que é a Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, os projetos ligados ao certame que nos ajudam a disseminar essas informações e como os professores podem inscrever as iniciativas desenvolvidas nas escolas”, comenta. Coordenadora da Regional Minas-Sul, que engloba os estados de Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Cristiana Brito diz estar otimista em relação à participação das escolas este ano. “Conseguimos, aqui, em Belo Horizonte, estabelecer uma cooperação com a Secretaria Municipal de Educação que nos permitirá ações conjuntas não só para divulgação da Olimpíada mas também para a realização de oficinas pedagógicas”, afirma. Segundo ela, uma das ações que tem contribuído para aumentar o alcance da Olimpíada em Minas Gerais tem sido o Projeto Alunos em Ação.
“Intensificamos as ações do Alunos em Ação este ano e por meio dele levamos ideias de pautas dentro dos temas Saúde e Meio Ambiente para os alunos trabalharem já dentro das categorias da Olimpíada. Nossa proposta é de que a gente tente montar essas atividade de forma que, ao final do Alunos em Ação, possamos ter produtos que possam ser inscritos na Olimpíada. Essa é uma estratégia de mobilização eficiente para garantirmos inscrições no decorrer dessas atividades”, observa Cristiana Brito. Além disso, uma programação de visitas e atrações para a solenidade de premiação com a presença dos professores e alunos vencedores das regionais, no Rio de Janeiro, também está sendo preparada para atrair tanto os professores quanto estudantes a participar.
Para Antonio Brotas, a três meses do encerramento das inscrições, o foco deve se voltar para as atividades do Alunos em Ação, bem como a divulgação midiática. “Tudo isso deve estar associado ao estímulo para que professores convençam seus estudantes – e vice-versa – a enviarem projetos para a Olimpíada, e a premiação é o grande momento da Olimpíada, quando os vencedores das regionais, vão ao Rio de Janeiro, tanto o professor, representando os docentes, quanto o aluno, os discentes”, diz.
Brotas salienta ainda que os sistemas de inscrição e validação da inscrição à Olimpíada estão mais rápidos e não são empecilho. “Hoje, o desafio maior da aproximação com os professores e estudantes é o clima de tensão vivido nas escolas em função das mudanças das trajetórias de aprendizagem, com a curricularização da extensão e o ciclo de aprendizagem do ensino médio, o que tem gerado bastante discussão, e a Olimpíada chega nesse momento para despertar nos professores e alunos a curiosidade de temas envolvendo a sustentabilidade, os ODS (Objetivos do Desenvolvimento Sustentável) e preservação de biomas, nas categorias do certame”, afirma, acrescentando que a Regional Nordeste II está organizando oficinas para estreitar ainda mais a relação com as escolas e com secretarias de Educação e de Meio Ambiente dos estados de Sergipe e Alagoas, e na Bahia, atuando na construção de oficinas na área da Chapada e do Recôncavo Baiano.
SAIBA MAIS
A Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente, em sua décima segunda edição, tem por objetivo principal aproximar professores e estudantes da educação básica, das escolas públicas e privadas de todo o país, reconhecidas pelo Ministério da Educação (MEC), da ciência e tecnologia e a refletirem criticamente sobre questões relacionadas à saúde, ao meio ambiente e suas interfaces com a educação e a cidadania. São objetivos específicos da Obsma: incentivar a realização de projetos que possam contribuir para melhorar a qualidade de vida no país; disseminar conceitos e incentivar práticas de promoção da saúde, que englobem ações individuais, ações da comunidade e o compromisso na busca de uma vida mais saudável para todos e para cada um; disseminar conceitos e incentivar práticas em educação ambiental nas escolas; estimular intervenções e projetos socioambientais nas comunidades escolares; incentivar a realização de práticas interdisciplinares que contribuam para a melhoria das condições ambientais e de saúde no Brasil, despertando nos estudantes o desejo de aprender e pesquisar sobre a interdependência entre ambiente, humanos e animais, a saúde única, a saúde global e/ou saúde planetário, encorajando-os a atuarem como agentes de transformação para o planeta; valorizar o trabalho do professor que desenvolve atividades criativas e inovadoras na escola; valorizar o projeto pedagógico desenvolvido de forma integrada; incentivar a capacidade de reflexão e a criatividade dos estudantes; promover a difusão do conhecimento científico e tecnológico; contribuir para o processo de construção de uma cidadania plena; incentivar meninas a conhecer e seguirem carreiras científicas.
Professores e estudantes de escolas das redes de ensino público e privado podem participar da Obsma. O trabalho inscrito deve ser desenvolvido por um ou mais estudantes, regularmente matriculado(s) nos anos de 2023 ou 2024, sob a responsabilidade de um ou mais professores. O trabalho submetido deve ser realizado durante os anos de 2023 ou 2024, período de realização da 12ª edição. O trabalho inscrito deve ser original e abordar obrigatoriamente temas transversais ligados à saúde e/ou ao meio ambiente, nas categorias Produção Audiovisual, Projetos de Ciências e Produção de Texto. Todos os professores responsáveis devem estar cadastrados no sítio oficial da Obsma – www.olimpiada.fiocruz.br.
A Obsma é organizada em seis coordenações regionais que englobam todos os estados brasileiros: Regional Centro-Oeste (Goiás, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Distrito Federal), Regional Minas-Sul (Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul), Regional Nordeste I (Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte), Regional Nordeste II (Alagoas, Bahia e Sergipe), Regional Norte (Acre, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima) e Regional Sudeste (Espirito Santo, Rio de Janeiro e São Paulo).