Programação especial marcou Semana de Premiação da 9ª Obsma no Rio de Janeiro
De 26 a 28 de novembro, estudantes e professores de todo o Brasil participantes da Semana de Premiação da 9ª Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (Obsma) viveram experiências que certamente irão ficar na memória. Depois de viajarem ao Rio de Janeiro, o primeiro dia de atividades contou com uma oficina de ilustrações botânicas ministrada por Rejane Marques da Coordenação Regional Norte, e foi quando muitos deles viram o mar pela primeira vez durante um passeio na tranquila Praia Vermelha, no bairro da Urca.
O dia 27 reservou grandes emoções com uma visita ao Corcovado. Aos pés do Cristo Redentor, nossos campeões olímpicos puderam registrar em grande estilo a comemoração, que seguiu com a visita às exposições artísticas do Museu de Arte do Rio e ao Sítio Arqueológico do Cais do Valongo – situado na zona portuária da cidade, o local de grande valor histórico para o Brasil conquistou o título da Unesco de Patrimônio Mundial neste mês de novembro.
A estudante July Oliveira, de 12 anos, veio de Itabuna, na Bahia, e conta que os passeios foram uma oportunidade de aprender mais. “Quero ser médica e estamos aprendendo coisas que não sabíamos, que historicamente são reais e a Fiocruz está proporcionando essa oportunidade. Além disso, estamos nos conscientizando mais sobre a saúde e o meio ambiente”, avaliou.
A professora Renata Ferreira, de São Paulo, trouxe um trio de alunas que desenvolveram um aplicativo para famílias de crianças com microcefalia, buscando integrar uma rede de apoio. “Todo mundo veio para um evento científico. A ideia de trazer para lugares que representam a ciência, mas não somente as ciências naturais, abre a cabeça dos alunos”, ponderou a professora.
No último dia da Semana de Premiação, o mascote da Olimpíada, Oswaldinho, foi quem recebeu os convidados na Fundação Oswaldo Cruz. Os campeões olímpicos aproveitaram a grande celebração de entrega das premiações durante a cerimônia nacional na Fiocruz. Depois, seguiram a visita à Fundação assistindo a um espetáculo teatral e visitando o belo Castelo Mourisco, onde puderam conhecer sua história centenária com os guias do Museu da Vida.
Um balanço da 9ª Obsma e o que vem por aí
A equipe olímpica ficou extremamente contente com os acontecimentos da Semana e com o envolvimento de todos os premiados. Para Cristina Araripe, coordenadora nacional, a 9ª edição da Olimpíada teve resultados muito positivos, principalmente pelo grande alcance que obteve. Pela primeira vez, todos os estados e Distrito Federal inscreveram trabalhos: “Conseguimos atingir números bastante significativos tanto em termos de trabalhos inscritos quanto em número de professores e alunos participantes. Tivemos intensa participação das regiões brasileiras, especialmente de cidades do interior do Brasil. Foi muito importante termos atingido cidades e estados de fronteiras distantes como no Rio Grande do Sul, a tríplice fronteira, no Mato Grosso do Sul, a fronteira com o Paraguai, e na Amazônia, a fronteira com a Venezuela, além de termos um Destaque Regional vindo do Amapá”, avalia a coordenadora.
Ela também elogia o alinhamento dos trabalhos ganhadores com o tema da 9ª Obsma: “Tivemos trabalhos bastante interessantes do ponto de vista da nossa proposta de conectar a Olimpíada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Os resultados foram extremamente positivos. A maioria dos trabalhos Destaques Nacionais tem relação direta com os ODS, algo muito importante considerando a finalidade deste projeto da Fundação Oswaldo Cruz, que tem como desafio maior relacionar os temas saúde e meio ambiente ao desenvolvimento sustentável e à qualidade de vida.”
Cristina Araripe também revela as expectativas da equipe olímpica para a 10ª edição, que terá início em 2019 e será marcada pela comemoração dos 20 anos do projeto: “Até agora, já tivemos mais de 8 mil trabalhos participando ao longo das últimas edições, quase 300 municípios foram atingidos. Isso dá ao conjunto das equipes olímpicas da Fiocruz maturidade para continuarmos avançando na direção de um trabalho cada vez mais próximo das iniciativas locais ligadas à área da educação, da saúde e do meio ambiente. As Oficinas Pedagógicas realizadas nos últimos seis anos, com apoio do CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico], foram fundamentais porque indicam que, no próximo ano, ao iniciarmos a comemoração dos 20 anos de Olimpíada, vamos continuar dando destaque aos temas propostos por CNPq e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações relacionados ao incentivo às meninas na ciência e popularização da ciência. Ao longo dos últimos meses, participamos de várias feiras de ciências e vamos dar continuidade a este trabalho, investindo cada vez mais em educação em ciências, divulgação científica, popularização da ciência e comunicação pública da ciência. Nosso desejo é que façamos uma comemoração à altura do trabalho que foi realizado até aqui”.