Entre os dias 05 e 09 de outubro, foi realizada a Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências de Mato Grosso do Sul (FETEC MS), uma iniciativa do Grupo Arandú de Tecnologias e Ensino de Ciências em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Devido à pandemia da Covid-19, a 10ª edição aconteceu em formato virtual e contou com a participação da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente da Fiocruz (Obsma), entre outros parceiros, durante a cerimônia de premiação.
Neste ano, a Olimpíada selecionou dois trabalhos finalistas da FETEC MS 2020 para serem premiados, por serem considerados de excelência nos campos de saúde e meio ambiente. Os trabalhos passaram por uma Comissão Avaliadora Obsma composta por Maria das Graças Rojas Soto – tecnologista da Fiocruz Paraná, Fernanda Savicki de Almeida – pesquisadora da Fiocruz Mato Grosso do Sul e Cristina Araripe Ferreira, pesquisadora da Casa de Oswaldo Cruz e Coordenadora Nacional Obsma.
O Prêmio Fiocruz Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente foi entregue ao projeto “Aquacommunis: Uma análise comparativa sobre as consequências da exclusão social no consumo de água em comunidades de campo grande – MS”, elaborado pelas alunas do 2º ano do Ensino Médio Giovanna Galvão e Larissa Ferrarini da Escola Estadual Coração de Maria, sob orientação dos professores Carlos Cesar de Luna e Carolina Laranjo Breda.
Já o Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã foi concedido ao trabalho “Extrato vegetal: Uma alternativa aos agroquímicos no cultivo de bananas”, produção das alunas Fernanda Gracieli G. Jank e Fernanda Lucas do Colégio Estadual Jardim Porto Alegre, orientadas pela professora Dionéia Schauren. As alunas cursam, atualmente, o 6º ano do Ensino Fundamental. Representantes dos dois projetos serão convidados a participar das atividades de premiação da 10ª edição da Obsma, que deve ocorrer em 2021.
De acordo com Eros Frederico da Silva, Coordenador de Avaliações e do Comitê Técnico Científico da FETEC MS, a premiação da Obsma/Fiocruz tem sido de suma importância para o evento. “É dentro do processo de se fazer ciência na educação básica que a gente ainda permeia todo o processo de dar oportunidades para estudantes. E quando uma Olimpíada Nacional se torna parceira de um evento que, necessariamente, é regional, isso dá perspectiva aos nossos participantes de conhecer novas coisas, novos lugares e até mesmo novas pessoas, mesmo que em um ambiente online”, destaca.
Eros ainda pontua a relevência do Prêmio Menina Hoje, Cientista Amanhã nesta edição. “Do primeiro ao último ano, nós conseguimos aumentar a porcentagem de meninas na ciência em mais de 70%, nas áreas de engenharias e ciências agrárias”. Para Eros, esse é um número muito importante, pois durante os 10 anos de FETEC as meninas sempre foram grande maioria, no entanto, nas áreas citadas isso não acontecia.
Esse é o segundo ano consecutivo que a Obsma participa da FETEC MS com premiações especiais, reafirmando seu compromisso de continuar reconhecendo e valorizando trabalhos desenvolvidos por jovens cientistas de todo o Brasil.
Por Samantha Mahara Martynowicz