Oficina pedagógica em Salvador
Com a proposta de estimular o desenvolvimento de atividades interdisciplinares nas escolas públicas e privadas do Brasil, além de incentivar professores e alunos a produzirem trabalhos relacionados à saúde, meio ambiente e qualidade de vida, a Fiocruz, através da Vice-presidência de Ensino, Informação e Comunicação, promoveu na semana passada, a oficina de divulgação da 7ª edição da Olimpíada Brasileira de Saúde e Meio Ambiente (OBSMA) na Bahia.
O evento, que ocorreu nas dependências da Fiocruz Bahia e contou com a presença de Cristina Araripe Ferreira, Coordenadora Nacional da OBSMA, buscou difundir o conhecimento científico, a partir da interação entre professores e alunos, além de apresentar a Olimpíada e seus resultados entre as instituições de ensino.
Criado pela Fiocruz, em parceria com a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco), a OBSMA é um projeto de alcance nacional e a cada dois anos, recebe, julga e publica as atividades mais criativas e inovadoras desenvolvidas por alunos e professores em sala de aula, em várias modalidades como produção de textos, produção audiovisual e projetos de ciências. Estes três âmbitos foram debatidos na oficina pedagógica voltadas aos professores.
Segundo Cristina, o objetivo da OBSMA é reconhecer e valorizar o trabalho desenvolvido por professores e alunos nas escolas; promover a pesquisa científica e atividades pedagógicas relacionadas aos temas propostos pela Olimpíada; produzir um boletim informativo, com informações, textos e reportagens que abordam temas sobre saúde e meio ambiente, e cooperar com a divulgação de ações governamentais criadas para fortalecer os projetos de educação, saúde e meio ambiente. “A ideia principal é ir ao encontro dos professores, e contribuir para a melhoria do ensino de ciências. Por isso, estamos envolvendo pesquisadores que já possuem projetos dentro da Fiocruz, com a intenção de aprimorar a educação básica do conhecimento científico”, explica.
Sobre as dificuldades de organizar a Olimpíada, a coordenadora apontou que a divulgação do próprio evento nas escolas é o maior desafio, e que é necessário um trabalho contínuo de propagação. “É muito difícil para quem faz ciência ou para quem trabalha com pesquisa, sobretudo pesquisa de saúde, chegar às escolas. Existe uma grande distância entre o espaço de aprendizagem e as instituições de pesquisa. A Olimpíada tenta vencer este desafio”.
O coordenador da OBSMA Regional Nordeste II, pesquisador Marcos André Vannier, ressaltou o papel da educação ambiental para a mudança de comportamento das pessoas, que envolve a escola e defendeu que o trabalho em Saúde Pública passa necessariamente pela comunidade. “Muitos não enxergam a relação da saúde com o meio ambiente. Ambos estão relacionados!”, assegura. “A Olímpiada é uma ferramenta muito importante, tem um alcance grande. Eu quero que Bahia, Sergipe e Alagoas se mostrem mais ainda”, acrescenta Vannier que coordena a ações nestes estados do Nordeste.